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Engolidor que engole a si mesmo

20/02/2013

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Vidência - Vi aproximar-se uma índia magra, idosa e de baixa estatura; mas, muito enérgica e determinada. Falava muito rápido no seu idioma e eu fiquei sem entender. Aos poucos ela foi falando mais devagar e alguém foi traduzindo para que eu pudesse entender, mesmo assim ela ainda lançou algumas palavras na sua língua.

Depois eu soube, pela descrição que fiz que se tratava da índia Tatati Ywa Rete, Líder Espiritual do Povo Guarani em Aracruz - ES e bisavó do atual vice Cacique da Aldeia.

Palavras de Tatati Ywa Rete:

Guiei meu povo até essas terras.

Vou guiar meu povo em segurança pras "terras no fundo do mar".

No Açu tem entrada que também é saída.

Eu vou, demoro, mas volto.

Tenondê.

Volto trazendo "eles", que vem junto. Eles ensinam, explicam e dão aulas sobre o "começo e sobre o fim". Falam de nossos parentes espalhados, falam dos "ancestrais". Povo que vivia aqui antes, e que vai voltar a viver.

Todos já foram, mas vão voltar. Voltarão primeiro que todos, porque a terra era deles e vai voltar a ser.

O branco tirou tudo do povo Tupy e Nhanderu vai devolver; e quando eles vierem, muito tempo terão para reconstruir com amor a terra boa. Porque povo Tupy tem amor à terra.

Depois que o sol acordar e dormir cem vezes é que os brancos chegarão. Vêm aprender com povo Tupy o que não sabem; vem aprender a cuidar da Terra Nova. "Então, brancos e índios viverão em paz".

Essa é a história que Povo do Fundo do Mar conta para nós, e ensinam muitas coisas: sobre o sol, sobre a lua, e muitas outas terras onde vivem outros povos.

Dizem que eles vem visitar nós, e que vem do céu voando em disco, pra nós não ter medo não, porque vem ajudar o branco, porque o branco não destruiu só Nação de Índio não. Branco destruiu tudo e agora tá destruindo ele também.

Engolidor que engole a si mesmo.

Índia Guarani Tatati Ywa Rete

 

Nesse ponto ela repetia insistentemente uma palavra em guarani e eu não sabia como escrever, então ela repetia: escuridão, escuridão. Não houve explicação para isso.

E porque eu sentia algo diferente, como se minha percepção do tempo estivesse alterada e o tempo estivesse parado, perguntei ao Instrutor que me acompanhava:

P - O tempo aqui parece outro, por que?

R - Aqui, estamos fora do tempo, outra frequência.

P - Toda Aldeia?

R - Sim, o trabalho de levar todos da Aldeia do plano físico e espiritual para a Cidade Intraterrena está alterando a vibração do local.

Após a leitura da mensagem aproximou-se Marcelo o índio Guarani, o vice Cacique, a quem solicitamos tradução de algumas das palavras citadas na língua Guarani. Ele se sentou conosco e concedeu-nos explicações muito interessantes sobre as crenças de seu povo.

Açu - Os índios Guaranis acreditam que é uma espécie de "Portal" sobre o mar de Aracruz, que dá passagem para a "Terra sem Males".

A "Terra sem Males", que em Guarani se diz: Ywy Marã'y ou Paraowai, é o lugar onde não há dor ou fome, ou infelicidade, é um espaço místico que somente aqueles que são fortes de espírito podem ver.

No passado os índios Guaranis se encontravam num determinado lugar e de repente, sumiam. Entenderam que um "Portal" se abria e eles passavam para o outro lado.

Tenonde - Ir adiante.

Sobre a palavra que não compreendi e que falava de escuridão, ele explicou que segundo profecia contada pela índia Tatati Ywa Rete, no passado houve Putu Buku = dias de escuridão e que novamente esses dias virão e logo no primeiro dia muitos vão morrer de medo. A Terra vai tremer com terremotos e não haverá comida para comer. As pessoas que hoje falam mal do índio... Marcelo parou de falar... como se estivesse lembrando da sua bisavó... Depois ele continuou falando: Ela dizia: não preocupa com isso não, porque um dia eles vão procurar o índio para oferecer dinheiro, porque não vão ter comida; vão querer aipim do índio. Nesse tempo, no Brasil vai ter muito Ywy Ryryi = terremoto e eles serão fortes.

Marcelo explica que sua bisavó sempre faz visita a Aldeia e fala com eles da profecia = Ywy Markeiy. Ele diz que os espíritos sempre falam para quem quiser ouvir. Não precisa de Internet, nem de telefone.

GESH - 15/12/2012 - Aldeia Três Palmeiras - Aracruz, ES - Brasil

Nota - Procuramos, já faz algum tempo visitar a Aldeia Três Palmeiras, situada em Aracruz, Município do ES. Nós vamos sempre em maio ou junho, levar cobertores e em dezembro, brinquedos, doces e balas para as crianças.

É importante dizer como eles, os índios, homens, mulheres e crianças são educados, respeitadores, disciplinados e obedientes.

Tudo que levamos é distribuído em fila, igualmente. Ficamos alegres diante da alegria e disciplina que demonstram no recebimento dos presentes.

Ninguém avança, reclama ou abre pacotes na área onde é formada a fila. Saem correndo, uns garotos ajudando outros (naturalmente irmãos) a levarem os presentes.

Quem dera que nossas crianças civilizadas, fossem obedientes, respeitadores e disciplinados como as crianças e também adultos daquela Aldeia Indígena.

Margarida




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