Podem, muitos humanos, regozijarem-se pelas bênçãos de fartura e bem-estar recebidos.

Enquanto desfrutam das temporárias regalias terrenas, não escutam o choro e os gritos daqueles que chamados ao resgate inevitável, purificam-se nas dores do mundo. Não fosse o recrudescimento de tais dores, ocasionado pelo desamor, apego e egoísmo exacerbados dos dias correntes, o tempo de resgate seria reduzido para bem das criaturas, em milênios vindouros.

Entretanto, pouco proveito a humanidade fez até hoje de suas dores. Não aprendeu ainda que cabe somente a ela a redução gradativa, mas consistente, das causas dos sofrimentos terrenos.

Haveria sim, dor entre as criaturas. Entretanto, caso passassem a obedecer às leis divinas, esta não seria permanentemente realimentada pelos ódios excessivos, violências desmedidas e paixões aviltantes.

Este planeta como fora planejado haveria de curar seus habitantes através do sofrimento ocasionado pelo emprego doloroso dos cataclismas naturais sem que para isso novos conflitos sangrentos tivessem origem.

O confronto entre diversos estágios evolucionários resultou na tendência humana de aproximação com seu lado inferior, em detrimento do eu-superior, essência divina que clama por existência.

A vida encontrará uma maneira de corrigir-lhe a rota. Será das mais dolorosas, mas também será definitiva e certa. Dores haverão e muitas; mas as vertereis qual remédio amargoso e curador. Diante dela renunciarão definitivamente aos caminhos tortuosos da liberdade leviana que só tem vos conduzido ao erro.

Libertai-vos pela dor já que o amor não foi capaz de despertar vossas consciências adormecidas. Não enlouqueçais, pois esta saída é a porta da fuga fácil que vos conduzirá a dores piores, nos abismos hediondos.

Enfrentai valorosamente os resultados que foram não as nossas escolhas, mas as vossas. Uma vez por todas, aceitai que sois infinitamente menos livres, do que supusestes.

Voltamo-nos a vós, irmãos amados, para elucidar-vos quanto ao caos que domina vossa sociedade. Erguei vosso olhar e vinde até nós. Alcançai as cordas de luz que jogamos para alçar-vos dos tenebrosos cenários a que vos confinastes. Se hoje estão assim, pior hão de ficar.

Saudamo-vos no amor de Cristo.

Paz sempre.

Tuella

Uma extraterrestre amiga

GESH - 26/03/2005 - Vitória, ES - Brasil