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Especialmente para os Voluntários - Parte I

13/06/2006

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Solicitamos a oportunidade de manifestação, para convosco refletir sobre a caminhada na Terra na seara de Jesus, no serviço ao próximo, quando vossos espíritos cansados pelo sofrimento atroz, reúnem-se aos "Socorristas", suplicando ajuda, oportunidades e chances de renovação.

Vossas consciências, necessitadas do lenitivo sadio, recorrem as preces e aos pedidos, chorosos pelo trabalho redentor. Organiza-se a vinda dos devedores em busca de redenção e aportam na matéria, oportunidade bendita da reencarnação e vos abre as portas do progresso espiritual.

Senhor de um corpo, o espírito modifica-se em suas súplicas e passa então em vez de pedir, ditar ordens a si e aos demais que lhes cercam. Aos "Socorristas" que lhes atendem pressurosos continuam pedindo aquilo que pensam lhes faltar: equívoco do Pai?

Ante as dificuldades, que inevitáveis lhes batem a porta, chora, esperneiam, rebelam-se, certos de que a injustiça lhes toma a existência. Dão as costas para aqueles que lhes assistem amorosamente desde o momento, em que súplices imploravam pela oportunidade da reencarnação.

Não conseguem os Amigos Protetores, Guias Espirituais e espíritos afins acesso a essas mentes rebeldes e a criatura envereda pelos caminhos da descida acelerada, atendendo aos instintos, que ainda fortes, lhes dominam a existência. Perseverantes no trabalho de socorro, os Irmãos Maiores procuram encaminhar àquela criatura, amigos, conhecidos e até desconhecidos que lhes indique um caminho para o reequilibro, mas, enceguecidos, muitas vezes, desprezam a ajuda amiga.

Quando por fim, algumas dessas pessoas conseguem adentrar no caminho da redenção, pensam ter encontrado ali todas as soluções aos seus problemas e todos aqueles que lhes cercam deverão por certo a caridade, de resolver-lhes as angústias, as dúvidas e os medos, retirando de si as culpas acumuladas por milênios. Mas uma vez, embora assistido também na matéria, embora guiado pela luz do Evangelho, permanece a criatura cega às únicas responsabilidades que assumiu.

E assim, muitos irmãos prosseguem na jornada terrena, lembrando muito pouco de servir e muito de pedir. Procura fora de si a solução e resposta aos problemas íntimos que lhe queimam e machucam a alma imperfeita, esquecidos do Amigo Maior de todos nós, que há milênios já nos ensinava a lição que precisa apenas ser aplicada por cada um de nós.

Não há regras miraculosas ou procedimentos espetaculares que venham solucionar os problemas íntimos e as imperfeições das criaturas. Portanto, nenhum ser é detentor da resposta maravilhosa que solucionará a crise íntima.

Diante do serviço, agradecei ao Alto a oportunidade, enquanto as palavras de gratidão saem fartas de vossas bocas. Procurai orientar a mente na direção do mundo espiritual de onde um dia partiram e para onde voltarão, lembrando que aquele serviço que a vossa frente se vos apresenta, foi por vós mesmos solicitado e representa a chave que buscais.

Quando estiverdes equilibrados o suficiente para isso compreender, notareis a jornada mais leve, os problemas menores e as dificuldades infinitamente mais fáceis de serem solucionadas. Ao contrário, enquanto isso não compreenderdes, não derrameis sobre os outros que estão ao seu redor a responsabilidade pelos erros cometidos, equívocos, falhas, desvios, atos impensados e instintos não domados. Todos são de vossa inteira responsabilidade.

Também os encarnados perdem muito tempo auscultando a vida alheia, procurando erros nos outros, como se estes tornassem menor a sua carga de culpa e responsabilidade pelos próprios equívocos cometidos, e nesse amortecimento, deleita-se a criatura, muitas vezes, com os pensamentos que vão buscar na vida alheia, alimentando a justificativa de seus próprios atos.

Ao outro, o próximo, procurai servir com humildade, brandura e prudência, é um irmão, que como vós, caminha na dura jornada terrestre. Porém, com a mesma fúria transformadora com que analisais a vida alheia usai-a para analisar a própria existência, esquadrinhar as próprias atitudes, procurando nelas as causas primeiras e profundas, modificando o impulso detonador das atitudes impensadas. Desse modo, o trabalhador sincero, servo do Cristo, encontrará maior proveito em sua jornada redentora.

A irmã aqui se encontra para ouvir, como a todos foi dito, que vosso caso se enquadra dentro da realidade exposta, como espírito errante, súplice por ajuda e recebestes a oportunidade do reencarne. Uma vez reencarnada, fostes encaminhada a uma Casa de Trabalho com Jesus, e sentindo o convite, oferecestes as mãos no auxílio construtor. Sois, portanto, trabalhadora. Se por ventura vossas mãos faltarem, outras mãos se erguerão no trabalho, contudo a oportunidade ofertada e rejeitada, muita falta vos fará, na edificação do novo ser que desejais edificar.

É, portanto, com esse pensamento que deveis servir, procurando dar aquilo que tendes de melhor e se não encontrais algo a ofertar, procurai construir, para que, em nova oportunidade, encontreis no íntimo a palavra amiga e serena, a mente equilibrada, os braços fortes, o espírito liberto das amarrar e apegos terrenos. Aquele que deseja servir, necessita todo tempo, e prepara-se para tal.

João Batista

GESJ - 23/08/2005 - Vitória, ES - Brasil

Continua na Mensagem Semanal 791




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