Irmãos e amigos, em nome do Cristo eu vos saúdo!
Grata pela oportunidade de comunicação que me foi concedida esta noite.
O calvário do Cristo representa a parcela de sacrifício com a qual, cada um de nós, deve ser brindado pela Misericórdia Divina.
Ele veio exemplificar o procedimento cristão que todos nós deveríamos abraçar com gratidão. No entanto fugimos do sacrifício, da renúncia e da dor, como se estes representassem para nós o fim, a morte ou o extermínio.
Mal sabemos, limitados que somos pela pequenez de nossos espíritos que, como a Chama do Sagrado Coração, o sacrifício, a dor, o sofrimento e a renúncia são os "portais de iniciação" a todos que desejam libertar-se da matéria animalizada.
Fugi aos meus compromissos, dasapontei antes de tudo a minha própria consciência, sabedora antecipada que era dos débitos e da tarefa. Hoje se descortina a minha frente o conhecimento que me faltava. Não há descontinuidade nos planos de Deus! Todas as ações encontram-se encadeadas numa linha contínua, cujo propósito é conduzir cada um de nós ao progresso e à ascese, superação de nós mesmos. Então, se nos recusamos a enfrentar as dificuldades no caminho, que exigem o quinhão de sacrifício e renúncia que nos cabem, como poderemos dar cumprimento à Lei do Progresso?
Fugindo de nossas tarefas, nos desarmonizamos com as Leis Divinas, saímos do roteiro traçado e enveredamos por energias desconexas de desequilíbrio e perturbação que nada contribuem para alegria e o bem-estar.
Retomar o caminho traçado pelo Alto é colocar a mente naquilo que foi abandonado, qualquer que seja o tempo ou o lugar.
Assim deve ser com qualquer espírito, e em qualquer estágio de evolução que se encontre. Fugindo ao planejamento, deverá retornar ao ponto em que parou, estacionando na aprendizagem salutar, a única ferramenta capaz de alçar as criaturas acima das vibrações pequeninas e frágeis da matéria densa.
Meus irmãos, aqui venho, após longa peregrinação, agradecida pela porta que se abre e me permite retomar o trabalho abandonado.
Assumo a minha parte no sacrifício exemplificado pelo Mestre Maior e rendo-me a vontade do Alto em servir, onde e como me for possível, até que esteja consumida a última gota de energia que deveria ter sido empregada no socorro e amparo aos sofredores.
Nada faço que mereça palavras de exaltação ou mérito, pois que tão somente venho acertar um débito a muito relegado a segundo plano, pela ignorância e pelo orgulho de minha alma. Aproveitando a oportunidade a mim concedida pelo Pai, e já fazendo uso da prerrogativa de espírito em correção, quero alertar-vos para que analiseis vossas consciências e verifiqueis se nos Planos de Deus encontrai-vos ajustados, de acordo com a preparação espiritual que recebestes antes deste reencarne.
Que o sofrimento vivido por aqueles que se enganaram possa auxiliar a irmãos no caminho da redenção, alertando-os quanto à responsabilidade espiritual perante o próximo, especialmente nesta hora em que toda a humanidade encontra-se carente e necessitada de mãos amigas e palavras de orientação, conforto e esclarecimento.
De acordo com o que me foi orientado e concedido pelos Trabalhadores desta Casa coloco-me ao dispor responder as questões que por ventura queiram endereçar-me.
Margarida - É a irmã Helena Blavatsky que está falando?
Resposta - Simplesmente Helena, uma vossa serva.
Margarida - A irmã está exagerando...
Resposta - Devo recomeçar e assim o quero fazer.
Margarida - Pode contar com nosso apoio, carinho e compreensão.
Resposta - Permitam-me, os médiuns desta Casa, que eu me manifeste e trabalhe; é uma colaboração que humildemente vos peço, eu que recusei a tantas espíritos a manifestação, agora necessito da mediunidade dos encarnados para dar cumprimento aos Planos de Deus e retornar à linha contínua do progresso, do qual me desviei voluntariamente.
Margarida - Nossa Casa foi fundada, irmã, como já deve saber, há 36 anos e com o objetivo de atender a todos que procuram o GESJ, tanto as pessoas ainda encarnadas, quanto os irmãos do plano espiritual. Portanto, nós não estamos fazendo mais do que nossa obrigação em recebê-la, cumprindo nosso objetivo aqui na Terra e como já conhecemos o trabalho da irmã, embora não tenha lido a sua obra, mas li de alguns dos seus seguidores, trabalho muito sério, bonito e com bastante revelações (que nem o de Allan Kardec), pomos a Casa a disposição. A irmã pode usá-la a vontade, fazendo sua programação de acordo com o Mestre Kuthumi que é o nosso querido Mestre Ramatis, e seguir em frente.
Resposta - Não apenas em conhecimentos contribuirei, mas principalmente no trabalho técnico de desenvolvimento da mediunidade daqueles que permitirem e me receberem de coração aberto.
Procurarei auxiliá-los, limpando os canais de comunicação, higienizando os campos de contato, estabelecendo ligações fluídicas que permitam a clareza nas comunicações, visões e audições. A todos que se encontrarem receptivos, procurarei ajudar.
Não rejeiteis minha presença, pois com Jesus trabalho e venho ter convosco auxiliando sim, porém dando cumprimento à tarefa que negligenciei, sendo, portanto, a maior beneficiária do serviço que ora presto.
Margarida - Quando a irmã se manifestou pela segunda vez, passou por minha mente uma idéia. Não sei se estou certa, mas que a irmã seria dentro de bem pouco tempo, uma espécie de médium no plano espiritual entre o Mestre Ramatis e médiuns do nosso Grupo. Será que minha intuição está certa?
Resposta - Está certa irmã, também este papel poderei desempenhar.
Margarida - E nós precisamos mesmo, porque as vezes, a psicosfera está tão densa, tão pesada, que as manifestações de Irmãos Superiores como o Mestre Ramatis e mesmo o Mestre Shama Hare e outros se tornam muito difíceis.
Resposta - Contudo, se me permitem a franqueza, muito embora compreendam a mediunidade, muitos médiuns ainda resistem em entregar-se plenamente ao serviço, principalmente guardando dúvidas em suas mentes. Venho, desde algum tempo observando e preparando-me para atuação junto a esse Grupo. O momento propício à manifestação me foi concedido durante a viagem por vós realizada; porém, desde algum tempo encontro-me presente entre vós.
Venho estudando os médiuns que aqui trabalham, não apenas na noite de hoje, mas no conjunto, como um todo; dos mais desenvolvidos aos iniciantes e muitas dúvidas e resistências mentais dificultam a comunicação.
Quanto mais entregues e confiantes, maiores os resultados e para isso, trabalharemos no sentido de auxiliar a todo o conjunto de Trabalhadores desta Casa, suplicando a Deus que nos abençoe o esforço e a colaboração.
Muitos outros irmãos se encontram presentes e poderiam comunicar-se, todavia, ao aproximarem-se de alguns trabalhadores, enfrentam barreira intransponível, criada pela mente do médium. É necessário portanto, que técnicas sejam empregadas no sentido de auxiliar os médiuns a entrega plena ao serviço. Suas mentes necessitam, igualmente, prepararem-se para encarar com naturalidade o intercâmbio sadio e urgente que a hora exige.
É preciso colocar em prática trazendo para o plano material a realidade do plano espiritual em favor do esclarecimento da humanidade terrena. De que adiantaria uma Casa de Trabalho como esta, receptiva e destituída de todas as formas de preconceito, se seus médiuns põem barreiras ante a presença de irmãos e amigos de notória atividade espiritual? É preciso que cada trabalhador incorpore não apenas espíritos, mas também a sincera entrega e aceitação da postura exigida pela Dirigente desta Casa.
Que a paz do Senhor dos Mundos nos envolva e apóie nosso caminhar hoje e sempre.
Margarida - Que Deus a ampare nesta tarefa, no sentido de afastar as barreiras das mentes dos nossos médiuns para que eles cresçam mais depressa e tragam para todos, os frutos desse crescimento espiritual.
Resposta - Todos que se entregarem sinceramente, crescerão e suas mentes devem estar preparadas para o salto evolutivo.
Jesus caminha conosco quem poderá contra nós? Salve a força da Luz! Salve o Divino Jesus!
Helena Blavatsky
GESJ - 08/11/2006 - Mensagem Psicofônica - Vitória, ES - Brasil