Irmãos, a Luz de Deus cobre todos os Seus filhos indistintamente. A centelha, ao ser criada pela Mente Universal do Pai, não distingue e tampouco escolhe o caminho que irá percorrer, pois suas dores e sua redenção a ela pertencem, quando inicia o caminho de progresso espiritual.
Somos negros na pele, mas a dor que bate à porta na cobrança do passado delituoso atinge todos os que se expõem às vicissitudes.
Como branca, fiz sofrer meu irmão, impondo-lhe a escravidão em terras distantes; como negra, sorvi o cálice amargo da escravidão, sendo explorada e humilhada. Todavia, não há inocentes na colheita do carma.
Então, o que distingue os negros dos brancos, no ontem e no hoje, ao longo das civilizações que já percorremos? Nada, irmãos! Aos olhos dos Irmãos Superiores, somos iguais, nascemos, crescemos, cumprimos nossa programação de corrigenda e, por fim, morremos.
A pele, na verdade, é a escolha do espírito que busca o aprendizado nas vicissitudes de um Planeta que usa a raça, a classe social e o gênero para classificar quem é superior ou inferior, quem deve ser acolhido ou excluído por uma sociedade atrasada que tem os recursos materiais e o poder como sustentação da sua base.
Portanto ser negro ou branco é apenas um estágio que dura um segundo, na eternidade das tantas vidas que tivemos e teremos.
O respeito e a fraternidade não devem advir da condição da vida que a criatura escolhe para si, mas por nos reconhecermos filhos do mesmo Deus.
Que a Luz do Mestre Jesus nos envolva e que a paz do Pai nos sustente no aprendizado de amar, sem olhar a quem.
Irmã Anastácia
Ex-escrava
GESJ - 10/11/2015 - Vitória, ES - Brasil